Golpes bancários digitais em 2025 estão cada vez mais sofisticados e já atingiram milhões de brasileiros. Uma pesquisa recente mostra que 39% da população foi vítima ou sofreu tentativa de fraude, com impactos diretos no bolso e na rotina.
O cenário atual revela três ameaças principais: clonagem por aproximação (≈40%), golpe do WhatsApp (28%) e a falsa central de atendimento. Nos últimos dois anos, os bancos registraram R$ 10,1 bilhões em prejuízos, e só as perdas com Pix subiram 43%, alcançando R$ 2,7 bilhões.

Neste guia sobre golpes bancários digitais, você terá uma visão clara dos dados e dos tipos de crimes que mais afetam seus serviços financeiros. O foco é prático: reconhecer sinais de alerta, adotar hábitos que reduzem risco e aprender passos para agir rápido após uma tentativa de fraude.
Ao final, você entenderá por que a segurança contra golpes bancários digitais exige atenção diária e como pequenas mudanças protegem seus dados e seu dinheiro.
Principais conclusões
- Entenda os números e por que a atenção é urgente.
- Reconheça sinais de fraude antes que causem prejuízo.
- Adote hábitos simples para proteger seus serviços bancários.
- Saiba agir nas primeiras horas após tentativas de ataque.
- Veja como iniciativas institucionais ajudam, mas sua participação é vital.
Cenário 2025 no Brasil: crescimento dos golpes digitais e o que isso significa para você
Os números mostram que a exposição a golpes bancários digitais e outros ataques financeiros cresceu de forma consistente no país.
A pesquisa da Febraban aponta que 39% dos brasileiros já foram vítimas ou sofreram tentativa. Entre homens o índice chega a 43% e entre idosos a 44%.
Nos últimos dois anos, os bancos registraram R$ 10,1 bilhões em perdas. Só nas fraudes com Pix, o aumento foi de 43%, totalizando R$ 2,7 bilhões.
Esses dados refletem problemas que misturam falhas humanas e técnicas. Quadrilhas especializadas exploram engenharia social e fraudes envolvendo cartões, Pix e o golpe do WhatsApp — alguns dos golpes bancários digitais mais comuns atualmente.
O que isso significa para sua conta
O prejuízo não afeta apenas o valor perdido. Pressiona o sistema, reduz confiança e pode aumentar custos e limites para você.
- Perfis como homens e idosos aparecem mais expostos; ajuste suas rotinas de segurança.
- A atuação coordenada de criminosos amplia o alcance das tentativas.
- Respostas rápidas costumam evitar efeito cascata e preservam parte do valor.
Golpes bancários digitais 2025: os mais comuns que atingem brasileiros
Conheça os casos mais frequentes de golpes bancários digitais e como eles geralmente acontecem na prática.
Entender cada tipo de fraude ajuda você a identificar sinais e agir rápido. A seguir, veja os métodos de golpes bancários digitais que mais aparecem nas estatísticas e o que fazer ao notar atividade suspeita.

Clonagem por aproximação (NFC)
Entre os golpes bancários digitais mais comuns, a clonagem por aproximação responde por cerca de 40% das fraudes reportadas. Criminosos capturam dados quando o cartão fica próximo a leitores ilegais e, muitas vezes, o saque só aparece no extrato dias depois.
Golpe do WhatsApp
No contexto dos golpes bancários digitais, o golpe do WhatsApp é um dos mais perigosos. Nele, perfis falsos enviam mensagens emocionais pedindo transferências. O tom de urgência e a confiança no contato facilitam que a vítima envie dinheiro sem checar a veracidade do pedido.
Falsa central e Pix falso
Ligações se passam por funcionários e pedem atualização de dados ou um PIX “de segurança”. Há também recibos manipulados que enganam vendedores ou liberam acesso indevido a contas.
Maquininhas, CPF e lojas falsas
Maquininhas adulteradas trocam ou copiam cartões enquanto observam sua senha. Criminosos usam SMS para abrir contas com seu CPF e criam sites ou perfis que vendem produtos inexistentes.
| Tipo | Como age | Sinal de alerta | Ação imediata |
|---|---|---|---|
| Clonagem NFC | Leitura próxima e cópia dos dados | Movimentação incomum no extrato | Bloqueie cartão e comunique o banco |
| Golpe WhatsApp | Perfis clonados pedem transferência | Pedidos urgentes de amigos/familiares | Confirme por outro canal antes de pagar |
| Falsa central / Pix falso | Ligações persuasivas e comprovantes falsos | Solicitação de senhas ou PIX “de segurança” | Não forneça dados; ligue ao canal oficial |
| Sites/maquininhas/CPF | Sites falsos, troca de cartão, uso do CPF | Ofertas muito abaixo do mercado ou SMS estranho | Pesquise CNPJ, bloqueie CPF, registre ocorrência |
Como funcionam os principais tipos de golpes financeiros e seus sinais de alerta
Criminosos combinam técnica e psicologia para aplicar golpes bancários digitais e atacar sua conta. Conhecer o funcionamento desses golpes facilita perceber sinais de alerta antes que eles causem dano.
NFC e troca de cartão
Na clonagem por aproximação, um dos golpes bancários digitais mais comuns, o fraudador aproxima um leitor ao seu cartão ou até substitui o plástico enquanto observa a digitação das senhas.
O sinal típico é alguém muito próximo enquanto você digita. Sempre verifique se o cartão devolvido é realmente o seu.
WhatsApp e phishing
Mensagens e contatos falsos pedem códigos ou enviam links maliciosos que capturam acessos e senhas.
Muitas vezes, o apelo emocional e a pressa apareçam; não informe códigos nem clique sem confirmar o remetente.
Falsa central
Ligações afirmam um bloqueio e pedem dados para “corrigir” a situação.
Se atender por telefone, desligue e ligue no número oficial do seu banco antes de fornecer qualquer informação.
Sites e apps falsos
Entre os golpes bancários digitais, sites e aplicativos falsos são cada vez mais usados para enganar consumidores. URLs parecidas, erros de escrita e ausência de CNPJ indicam fraude, pois esses sites coletam dados e acessos como se fossem legítimos.
Sempre confirme certificados, pesquise o fornecedor e nunca use links recebidos por mensagens inesperadas.
- Cubra o teclado ao digitar e confirme destinatário e valor antes de enviar.
- Em locais movimentados, reduza exposição e evite inserir senhas sem proteção.
- Quando algo parecer estranho, faça o bloqueio temporário e valide o contato pelo canal oficial.
Práticas essenciais de segurança para reduzir riscos em transações e serviços digitais
Adotar rotinas simples de segurança é a forma mais eficaz de evitar prejuízos com golpes bancários digitais e proteger seu dinheiro. Abaixo está um checklist prático para você aplicar hoje e reduzir riscos em transferências, compras e acessos.
Higiene digital: mantenha o sistema e aplicativos atualizados. Evite clicar em links desconhecidos e sempre confira o beneficiário e o valor antes de confirmar transações.
Proteja cartões e pagamentos: desative o NFC quando não estiver usando e, se possível, guarde o cartão em carteiras metálicas que bloqueiam sinal. Isso diminui a exposição em locais públicos.
Fortaleça seus acessos: use senhas robustas, biometria e verificação em duas etapas nos apps do banco e no WhatsApp. A verificação em duas etapas evita invasões mesmo quando alguém tem sua senha.

- Valide pedidos de dinheiro confirmando por outro canal (ligação ou vídeo).
- Pesquise reputação do vendedor antes de comprar; desconfie de ofertas muito abaixo do mercado.
- No Pix, confirme nome, CPF/CNPJ e banco do destinatário; não aceite apenas comprovantes.
- Ative alertas de transações no app do banco e responda rápido a notificações suspeitas.
Transforme segurança em cultura: crie rotinas de verificação, eduque familiares e lembre-se: a atuação dos bancos com IA aumenta a detecção, mas sua disciplina faz a diferença na proteção dos seus dados e crédito.
Se você cair em um golpe: passos imediatos, canais oficiais e seus direitos
Nos casos de golpes bancários digitais, a rapidez nas primeiras horas é decisiva para limitar danos e evitar novos acessos à sua conta.
Interrompa contato, bloqueie acessos e avise o banco
Pare qualquer contato com o suspeito e não responda mais mensagens. No app, solicite o bloqueio imediato do cartão e de acessos.
Avise o banco por telefone ou pelo canal oficial para tentar impedir novas transações e proteger seu crédito.
Registre boletim e reúna evidências
Se você for vítima de golpes bancários digitais, abra boletim de ocorrência e guarde comprovantes, prints de mensagens e registros de transações. Essas provas aceleram as análises e aumentam a chance de recuperação do valor perdido.
Responsabilidade, ressarcimento e apoio
Se houver falha de segurança, o banco pode ser responsabilizado. Você pode pedir ressarcimento e indenização por danos morais.
Após o evento, troque senhas, revise limites e monitore suas contas por vezes mais frequentes.
Iniciativas nacionais
Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais reúne protocolos, centraliza denúncias e orienta vítimas. Use esses canais ao denunciar e buscar apoio.

| Ação | Prazo | Quem contatar | Resultado esperado |
|---|---|---|---|
| Bloqueio de cartão e acessos | Imediato | Banco (telefone/canal oficial) | Impedir transações |
| Boletim de ocorrência | 24 horas | Polícia | Preservar provas |
| Reunir evidências | Até 7 dias | Você / Plataformas | Fortalecer pedido de estorno |
| Solicitar análise bancária | 7–30 dias | Banco / Aliança | Avaliação de ressarcimento |
Se você ou alguém da sua família tem mais idade, vale conferir também nosso guia especial: Segurança para Idosos: Pix e bancos digitais sem riscos.
Nele mostramos como idosos podem usar Pix, internet banking e aplicativos de bancos digitais com segurança, evitando fraudes comuns e mantendo a tranquilidade nas transações do dia a dia.
Conclusão
Pequenas checagens regulares reduzem muito a chance de cair em golpes bancários digitais e sofrer prejuízos.
O WhatsApp falso, a clonagem por aproximação (NFC) e a falsa central continuam entre os golpes mais comuns que atingem pessoas todos os dias. A Aliança Nacional, formada por Febraban e Ministério da Justiça, avança para proteger o sistema e apoiar vítimas.
Adote hábitos simples: confirme identidade por outro canal, revise limites, monitore seus cartões e mantenha a verificação em duas etapas ativa. Essas ações são fundamentais para proteger seu dinheiro e evitar novos ataques.
Lembre-se: muitas vezes, um minuto de checagem salva horas de dor de cabeça. Compartilhe estas práticas com família e amigos e transforme a prevenção contra golpes bancários digitais em parte da sua rotina diária.
FAQ
O que mudou no cenário de fraudes eletrônicas para 2025 e por que você deve se preocupar?
Em 2025 houve aumento nas tentativas de golpes envolvendo contas e cartões, com maior sofisticação em engenharia social e falsificação de comprovantes. Isso significa que você precisa adotar práticas de segurança mais rigorosas, como validar contatos, conferir comprovantes no app do banco e evitar compartilhar senhas ou códigos via mensagem.
Como identificar um ataque por aproximação (NFC) e o que fazer para evitar perda de dinheiro?
Sinais incluem movimentação estranha logo após estar perto de terminais públicos ou cartões que apresentam comportamento incomum. Desative NFC quando não usar, mantenha o cartão em capa bloqueadora e confira extratos frequentemente. Em caso de débito indevido, comunique imediatamente a instituição financeira e solicite contestação.
Recebi mensagem no WhatsApp de alguém fingindo ser do banco pedindo código. Devo enviar?
Não. Bancos nunca pedem códigos de autenticação ou senhas por mensagem. Desconfie de pedidos de urgência e confirme contato pelo telefone da instituição disponível no site oficial ou no app. Bloqueie o remetente e registre evidências, como prints e registros de ligação.
Como reconhecer um site ou loja falsa antes de comprar online?
Verifique se a URL corresponde ao estabelecimento, procure CNPJ e dados de contato, leia avaliações em sites confiáveis e desconfie de preços muito abaixo do mercado. Cheque se o site usa HTTPS e observe erros de português ou imagens de baixa qualidade, sinais comuns de fraude.
O que é preciso fazer se perceber movimentação não autorizada no PIX?
Aja rápido: faça contato imediato com o banco pelo canal oficial, peça o bloqueio da conta ou dispositivo se necessário e solicite investigação. Registre boletim de ocorrência e reúna comprovantes de transação e conversas para facilitar o pedido de estorno ou ressarcimento.
Quem arca com o prejuízo quando há fraude: você ou o banco?
Depende do caso. O banco pode ser responsável se houver falha na segurança da instituição. Se a vítima teve comportamento negligente, pode haver divisão de responsabilidades. Sempre registre ocorrência, formalize reclamação no banco e, se necessário, procure PROCON ou ajuíze ação para pedir ressarcimento e danos morais.
Como evitar abertura de contas ou crédito em meu nome via SMS ou uso indevido de CPF?
Ative bloqueios de portabilidade no celular, use serviços de alerta de CPF, limite compartilhamento de documentos e monitore relatórios de crédito. Em caso de suspeita, registre impedimento junto ao Serasa e contate instituições financeiras para investigar movimentações não autorizadas.
Que sinais indicam que uma ligação é de uma falsa central de atendimento bancário?
A falsa central costuma exigir senhas, pressionar por “atualização urgente” ou pedir transferências imediatas. Bancos reais não solicitam senhas completas. Termine a ligação e retorne pelo número oficial do banco para confirmar qualquer solicitação.
Quais práticas imediatas você deve adotar para reduzir riscos no dia a dia?
Use senhas fortes e autenticação de dois fatores, mantenha apps e sistema atualizados, confirme beneficiários antes de transferir, desative NFC quando não usar e ative alertas de transação no app do banco. Essas medidas reduzem significativamente a chance de perda financeira.
Se você for alvo de um golpe, quais documentos e evidências precisa juntar?
Guarde prints de mensagens e conversas, comprovantes de transferência, registros de chamadas, extratos e qualquer arquivo recebido do golpista. Esses itens são essenciais para boletim de ocorrência, reclamação ao banco e eventual ação judicial.
Como funcionam fraudes por maquininhas adulteradas e como se proteger ao pagar em cartão presencialmente?
Criminosos adulteram terminais para clonar ou trocar cartões. Peça para inserir seu cartão apenas em maquininhas visíveis, cubra a senha, confira o recibo e prefira pagamentos com aproximação seguros ou carteiras digitais com autenticação biométrica.
Existem iniciativas oficiais que ajudam a combater fraudes e como você pode acessá-las?
Sim. Existem ações coordenadas entre bancos, órgãos de defesa do consumidor e iniciativas públicas para prevenção e resposta a fraudes. Consulte canais oficiais da Febraban, PROCON e seu banco para orientações, além de aderir a ferramentas de proteção oferecidas pelas instituições.

